Resenha por: Carlos Elias 28/12/2020
A saga Fúnebre das HQs
e o impacto na vida dos leitores Resenha por: Rodrigo
Toda criança vive em dois mundos distintos, o real e a fantasia. Lógico que quando criança não fazemos essa separação e muitas vezes até às correlacionamos. Quantas vezes tentei me transformar em “Sayajim” pra ir voando até a escola ou transformei meu relógio de pulso em um “morfador”. A relação diária com os personagens com toda certeza foi o maior forma de alimentar minha imaginação e fugir dos paradigmas da realidade.
Em 1998 a TV não era mais meu único consumo diário de fantasia, entrava em minha vida o universo das histórias em quadrinhos, e o que eu não esperava era me entregar emocionalmente as “vidas” dos personagens chegando a criar uma relação íntima de sentimentos com esses personagens. Inicialmente dois deles roubavam horas de minha atenção, o jovem Peter Parker e o Ranger Tex Willer, sendo também os responsáveis por me tornar um colecionar de HQs.
O ano era 1998. Uma troca aleatória entre colegas de escola me proporcionou uma surpresa ao chegar em casa e abrir a mochila. Em meio as clássicas das Disney, Turma da Mônica e outras coisas está a N° 23 da Teia do Aranha publicada em agosto de 1991, A morte de Gwen Stacy se tornaria o ponto final (ou não)de uma série de acontecimentos que angustiavam não somente o aranha, mas também a mim e acredito que para vários fãs sentiriam – Como assim? Não tem porquê ela morrer! O que vai ser do aranha agora? – Perguntas como essa me fizeram ter o primeiro sentimento de perda de alguém que já fazia parte de meu cotidiano. Não seria mais a mesma coisa ler o aranha sem a Gwen . Após os minutos de angústia ao ver aquela cena clássica do aranha a segurando nos braços e de toda explosão de sentimentos, era hora de voltar e descobrir o que já era esperado, a vingança e com ela outra morte chocante, o duende verde.
Muitos anos depois tive ciência do impacto que essa mesma história teve no mundo inteiro sendo o marco inicial da era de bronze dos quadrinhos.
De lá pra cá não pude acompanhar cronologicamente todas as mortes de personagens queridos, mas sempre priorizei estas histórias e as tornei essenciais em minha coleção.
Mortes ainda são comuns nas HQs publicadas atualmente e ainda hoje são dignas de roteiros emocionantes. A mensal do aranha N° 8 publicada pela Panini aqui no Brasil trás a morte comovente de um personagem sempre ridicularizado no passado na história do aranha, o Gibão.
Alguns personagens foram ressuscitados, sendo alguns repudiados pelos fãs, mas não tiram o crédito dos belíssimos roteiros das mortes.
Segue a relação de algumas mortes que me marcaram:
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Gwen Stacy
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Jean Grey ( Fênix Negra)
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Jason Todd ( 2° Robin)
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Super-Homem
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Kraven
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Kara (Supergirl)
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Abin Sur
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Rorschach
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Mar-vell (Capitão Marvel)